Estive com uma amiga visitando a maternidade onde ela terá bebê e, durante a apresentação da funcionária do hospital, havia algumas mães afirmando que terão o parto x ou y. Quando ouvi, fiquei pensando como a maternidade nos mostra desde o início que não controlamos nada. E o parto é uma das coisas.

Eu acho que o parto normal é o “normal”. Acredito que toda mãe deveria tentar o parto vaginal antes de partir para a cesárea. Isso, obviamente, quando não há risco para mãe e bebê. Caso contrário, a cesárea é o caminho, claro.

Aqui no Brasil os índices de cesárea ainda são maiores do que os partos normais. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde, 55% dos partos no país são cesáreas.

Se eu tivesse tido opção, teria tentado o parto normal. Deve ser linda a experiência de trazer ao mundo o bebê dessa forma, a emoção de estourar a bolsa, entrar em trabalho de parto, enfim. Sem contar que acredito muito nas coisas como e quando elas devem ser. E um parto agendado, na minha concepção, é interferir no que já está traçado.

Como eu mencionei, não tive opção, pois entrei em pré-eclâmpsia (Otto nasceu com 28 semanas e 6 dias de gestação – ou 6 meses e meio) e minha obstetra explicou que não havia como me submeter ao parto normal.

Mas como eu disse antes, os filhos vêm para mostrar que nós não decidimos nada. E por mais que tenhamos a convicção de ter o parto x ou y, são as condições do corpo da mãe e o bebê que vão guiar e mostrar o caminho correto a ser seguido.

E muito mais importante do que o tipo de parto, o que realmente importa é que o bebê chegue bem, saudável e que corra tudo sem problemas ou riscos para a mãe também.

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